Estamos há poucas horas do encerramento de 2020, mais um ciclo se finda e a pergunta é: o que muda?
Será que ainda temos a esperança de dormir em um ano caótico e cheio de incertezas e acordar no início de uma nova década acreditando que tudo será diferente sem mudarmos? Desculpem, de longe quero ser pessimista, sou defensora do otimismo aprendido e consciente, porém, não podemos romantizar tanto as coisas.
Todos os anos repetimos rituais, cada um com sues credos e crenças, fazemos promessas, pensamos nas mudanças e pronto, dormimos! E agora? Isso mesmo, você acorda no outro dia e percebe que tudo está exatamente igual. Não é um rito, um momento, uma intenção que vai construir um ano “novo” e sim, seu jeito de agir.
Então, pare de acreditar nas 365 oportunidades novas que irão surgir, porque de certa forma, isso gera projeção no amanhã e ajuda você e eu a acreditarmos que “tudo bem, hoje não deu…mas amanhã….” foque no hoje, no presente, na presença, nas percepções de cada dia. É assim que faremos um ano diferente, o resto é ilusão.
Sabemos que 2020 foi, de fato, um ano diferente, nada de “novo normal”, muitas coisas não foram novas, apenas incorporadas com mais força em nossas rotinas, e de normal, muito menos somos seres sociais, de contato e ter contato apenas por telas nunca foi e nunca será o nosso normal. As máscaras talvez tenham sido para alguns, natural. Muitos já as usavam, só não tinham tecidos.
Do ano que está findando ficam algumas lições, investir em saúde emocional é prioridade, somos vulneráveis, só damos plena atenção aos recursos quando se tornam escassos, somos mais resilientes do que imaginamos, aprendemos a declarar mais nossas emoções, sentimos falta de um simples abraço e nos questionamos, por que não fazemos mais?
Perdemos pessoas, muitas! Sentimos dor, medo, angústia e raiva. Aprendemos a agradecer mais. Reconhecemos o valor das escolas, professores e percebemos o quanto muitos de nós não estavam preparados para lidar com o próprio filho. Ajudamos estranhos, torcemos pela vida e saúde de quem nem conhecíamos.
Então, 2020 teve também muitas coisas boas, generosidade, empatia, resiliência, atenção plena foram algumas competências que fomos convocados a treinar ou aprender.
E meus caros, eu acredito que este estágio que nos preparou para entramos no próximo ano, diferentes. E não importa o número do dia ou do ano, importa o que estamos dispostos a fazer a cada dia depois que abrirmos nossos olhos.
Olhe para 2021 com perspectiva positiva, mas com consciência de atitude para tal. Reconheça, valorize e direcione seus talentos para fazer algo novo, para ser alguém novo.
Sinto muito em talvez até lhe frustrar, caro leitor, mas uma coisa é certa, se você não fizer algo diferente para o próximo ciclo nada será diferente do atual, não se iluda, mude!
E isso é a única coisa que você controla, neste e nos próximos anos.
Pense nisso.
Na vida não temos certeza de absolutamente nada, vivemos em um mar de incertezas. Mas quem disse que viver incertezas precisa ser algo negativo?
Saiba maisQuanto mais atendo empresas – que são feitas de pessoas – mais eu me convenço sobre o quanto não sabemos nos comunicar.
Existem falácias vinculadas à comunicação, a primeira é que ela é considerada uma soft skill, e se fosse “soft”, não causaria tantos estragos, pois seria simples aprender e implementá-la de forma efetiva